Mais uma vez, o Rio de Janeiro foi a capital mundial do desenvolvimento sustentável. Depois da Rio 92, que consolidou este conceito, chega a vez da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio do Janeiro, a Rio+20, que apontou os caminhos futuros.
Há 20 anos, a conferência realizada na cidade brasileira foi marcada pela intensa participação da sociedade civil. Na ocasião, foram aprovados documentos importantes para o regime internacional de desenvolvimento sustentável, tais como a Declaração do Rio, a Agenda 21, a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica. O chamado “espírito do Rio”, que animou aqueles debates, esteve presente mais uma vez na Rio+20.
A escolha não foi casual: a Cidade Maravilhosa é conhecida por sua natureza exuberante, de contrastes entre montanhas e mar, florestas e praias e paredões rochosos subindo abruptamente de baixadas extensas. Além disso, a capital do Estado do Rio de Janeiro tem tradição no cuidado com o meio ambiente.
Ainda no século XIX, a então capital do Brasil realizou um reflorestamento com espécies nativas na Floresta da Tijuca, em torno da qual a metrópole se desenvolveu. Hoje esta é a maior floresta urbana do mundo, preservada no coração de uma cidade de 510 anos de história.
Nascimento da cidade
Os primeiros europeus a chegarem à região foram comandados por Gaspar Lemos, em 1º de janeiro de 1502. Ao ver a baía de Guanabara, o navegador pressupôs que aquela era a foz de um rio, e por isso batizou a região de Rio de Janeiro. Entre 1530 e 1560, os portugueses iniciaram o processo de colonização ao mesmo tempo em que lutavam contra as várias tentativas francesas de ocupar o território.
A cidade foi oficialmente fundada por Estácio de Sá, em 1º de março de 1565. A urbanização começou no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze. A ocupação e o desenvolvimento econômico foram acelerados graças à vocação natural da cidade como porto e localização estratégica.
Salvador era capital da Colônia, mas a relevância do porto do Rio para escoar produção da mineração em Minas Gerais influenciou a decisão da transferência da sede do poder para o sul, em 1763. Em 1808, a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte – nesta época, o Rio se tornou a primeira e única cidade de fora da Europa a sediar um império europeu.
A partir da independência do Brasil, em 1822, o Rio se tornou capital do Império. O crescimento da cidade continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. Em 1889, a capital do Império assistiu à queda da Monarquia.
A transição da Monarquia para a República começou em 1889 e só acabou, efetivamente, em 1930. Com a Proclamação da República, no fim do século XIX, a cidade tornou-se a capital federal. No começo do século XX, surgiram as ruas largas e construções imponentes, a maioria no estilo francês fin-de-siècle.
O Rio de Janeiro manteve sua condição de capital até a inauguração de Brasília, em 1960. Capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade continua sendo um dos mais importantes centros socioculturais do país.
Fonte e imagem: RioTur
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